sábado, 4 de junho de 2016

A sexta derrota de Muhammad Ali

A ''Luta do Século"

"Voe como uma borboleta, ferroe como uma abelha". Assim era Cassius Marcellus Clay Jr, ou simplismente Muhammad Ali, rápido e eficaz. Seus reflexos faziam com que raramente fosse atingido com potência, o que fez ele nunca ter perdido uma luta por nocaute (quatro decisões e um abandono).

O maior pugilista da história e um dos maiores esportistas que já se viu, começou sua carreira amadora após ter sua bicicleta roubada e ser incentivado pelo policial e treinador de boxe, Joe Martin, a começar a treinar com ele. Pouco tempo depois já era campeão de torneios amadores e estava indo para a Itália disputar os Jogos Olímpicos de 1960, no qual saiu com a medalha de ouro dos meio-pesados.

Em 1964, já como profissional e com 19 vitórias em 19 lutas, Ali bate o favorito Sonny Liston no sétimo assalto e fica com o título mundial dos peso-pesados. Mas três anos depois, após se recusar a servir o exército americano na Guerra do Vietnã, ele perde o título mundial e fica afastado do boxe por três anos.

No dia 30 de outubro de 1974, na capital do antigo Zaire (hoje República Democrática do Congo), Muhammad Ali enfrentou o jovem George Foreman. Apanhou quase a luta toda, mas não se entregou. Levou a luta para o oitavo assalto e, com um golpe certeiro e potente, derrubou o oponente e venceu por nocaute a original "Luta do Século".

Campeão olímpico dos meio-pesados (1960) e primeiro tricampeão mundial dos pesados (1964-67, 1974-78, e 1978-79). Em 61 lutas como profissional, venceu 56 (37 por nocaute e 19 por decisão) e perdeu apenas cinco. Assim era o "Rei do Mundo".

Muhammad Ali perdeu sua maior batalha, aquela que vinha lutando durante 32 anos, sem jabs, diretos, ganchos ou cruzados, apenas se defendendo com remédios e tratamentos enquanto seu rival, o Mal de Parkinson, reduzia sua mobilidade e capacidade de comunicação. Aos 74 anos, Ali saiu derrotado de sua pior e mais difícil luta, deixando para trás um grande legado tanto no esporte quanto na humanidade.

Descanse em paz, lenda.

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