quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Jailson, aquele que cura!

Jailson tem o ex-goleiro Marcos como seu maior ídolo

Em grego, Jailson significa "aquele que cura". Mas cura o que? Bom, para a torcida do Palmeiras, cura a dor de ter seu ídolo, Fernando Prass, machucado. Cura o medo de correr o risco de não ser campeão brasileiro. Cura o medo de acontecer a mesma coisa que em 2014, quando o Palmeiras quase foi rebaixado novamente após ver Fernando Prass sair machucado e não ter um substituto à altura.

O "filho do iluminado", "filho do guerreiro" honrou e escreveu seu nome na história do Palmeiras. Chegou ao seu time de infância, em 2014, para substituir o então lesionado, Prass, mas nem se quer entrou em campo. Viu do banco o clube quase ser rebaixado novamente. Passada a fase ruim, em 2015 foi campeão da Copa do Brasil pelo Palmeiras, mas dessa vez nem no banco ele estava. Em 2016, desacreditado de que poderia ter uma chance de jogar após ver o clube ir atrás do goleiro que defendeu o time rebaixado e com a defesa mais vazada (Avaí), Jailson viu mais uma vez Prass machucar o cotovelo e ficar fora, mas ainda não era sua hora. O escolhido para substituir o ídolo da torcida foi o recém chegado, Vagner. Após alguns jogos e falhas do goleiro, Jailson, enfim teria sua chance.

Aos 35 anos de idade e depois de rodar por clubes do Brasil inteiro, Jailson estreou em uma partida oficial válida pela elite do futebol brasileiro. Ele nunca havia disputado uma partida de série A do Brasileirão. O jogo contra o Vitória, no Allianz Parque, foi um dia muito especial para o goleiro. Ele 'fechou' o gol, foi muito elogiado por todos, inclusive por seus companheiros e não conseguiu esconder a emoção. Foi às lágrimas ao apito final, mostrando o quanto era importante pra ele estrear num jogo de série A, vencendo sem ser vazado e logo no estádio do seu clube de infância, recebendo o apoio da arquibancada.

Ninguém, nem mesmo o torcedor mais maluco, imaginaria que haveria um substituto à altura para um ídolo, muito menos que um goleiro, de 35 anos, que nunca havia disputado uma partida de séria A, seria uma das peças fundamentais para o tão esperado título brasileiro. E mais uma vez Jailson surpreendeu a todos.

"Muito disciplinado, sua aparência transmite sucesso e prestígio, que vêm graças ao grande espírito de competição e capacidade de liderança. Adora desafios". Sua disciplina fez com que trabalhasse durante dois anos esperando apenas por uma oportunidade e, quando teve o desafio de substituir um ídolo do clube, seu espírito de competição falou mais alto e liderou seus companheiros às vitórias.

Jailson, aquele que curou a ansiedade de disputar um jogo de série A por seu clube do coração.

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