De um lado o Chile, que nunca conquistou um título de grande expressão. De outro a Argentina, que vive uma seca de 22 anos sem levantar um troféu com a seleção principal. Eram longos tabus que estavam prestes a serem quebrados.
Foi uma final tensa, brigada e sofrida até o final, e que, após 120 minutos de bola rolando e 0 a 0 no placar, a final teve de ser decidida nos pênaltis e, finalmente, alguém pode soltar o grito de "campeão". Esse alguém foi o Chile que, após ver o goleiro Bravo defender a cobrança de Banega e Alexis Sanchez converter para os chilenos, sagrou-se campeão e ergueu a taça inédita para o país. Coincidência ou não, essa seleção é apontada como a melhor geração chilena da história e o treinador, Jorge Sampaolli, é considerado um dos melhores técnicos sul-americanos da atualidade, por seu estilo diferente de fazer a seleção jogar, o que está sendo bem visto por muita gente.
Com a conquista, o Chile garantiu vaga na Copa das Confederações de 2017 e se junta a Rússia (país sede), Alemanha (atual campeã da Copa do Mundo) e Austrália (campeã da Ásia).
Quebrando um tabu de 76 anos sem vencer a seleção paraguaia, o Peru bateu os paraguaios por 2 a 0 e ficou com o terceiro lugar da Copa América, repetindo o feito da última edição da competição em 2011, na qual os peruanos bateram a Venezuela e ficaram com a terceira colocação. Já os paraguaios não conseguiram nem ao menos repetir o feito alcançado em 2011, no qual eles ficaram em segundo lugar.
A seleção peruana comandada por Ricardo Gareca, ex-Palmeiras, foi quem teve as melhores oportunidades e com isso fizeram os dois gols, um no começo e o outro no final da segunda etapa.
O Peru encerrou sua participação na competição com três vitórias, um empate e duas derrotas. Se classificou em segundo do Grupo C, atrás do Brasil. Passou pela Bolívia nas quartas de final mas perdeu para o Chile por 2 a 1 na semifinal.
Já o Paraguai fechou sua participação na Copa América com uma vitória, três empates e duas derrotas, se classificando em segundo no Grupo B. Passou pelo Brasil, nos pênaltis, nas quartas de final mas caiu diante da Argentina na semifinal, sendo goleado por 6 a 1.
Com quatro gols cada, Paolo Guerrero dividiu a artilharia da competição com o chileno Eduardo Vargas, ficando pela segunda vez consecutiva como um dos artilheiros da Copa América. Em 2011, o peruano ficou em primeiro na artilharia com cinco gols.
Premiações individuais da Copa América:
- Prêmio Fair Play: Seleção peruana;
- Melhor goleiro: Claudio Bravo (Chile);
- Revelação: Jeison Murillo (Colômbia);
- Artilheiros: Eduardo Vargas (Chile) e Paolo Guerrero (Peru);
- Melhor jogador da final: Arturo Vidal (Chile).
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