quarta-feira, 10 de junho de 2015

A "dança dos técnicos" no Campeonato Brasileiro


Estamos na 6º rodada do Campeonato Brasileiro mas já temos sete demissões de treinadores.
O bola da vez foi Oswaldo de Oliveira, ex-treinador do Palmeiras, que após início difícil no Brasileirão, foi mandado embora, mesmo depois de ser vice-campeão Paulista e de sair vitorioso de quatro dos sete clássicos disputados.
Antes de Oswaldo já haviam sido demitidos outros seis técnicos: Felipão (Grêmio), Ricardo Drubscky (Fluminense), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo), Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Hemerson Maria (Joinville) e Marquinhos Santos (Coritiba).
Apesar de ter perdido o título do Campeonato Gaúcho para o Internacional, Felipão pediu demissão após mau início no Brasileirão. (1º Rodada)
Ricardo Drubscky ficou incríveis oito jogos no comando do Fluminense, conseguindo cinco vitórias e três derrotas, tendo como possível explicação para a sua demissão a perda do título do Campeonato Carioca e a goleada sofrida para o Atlético-MG. (2º Rodada)
Luxemburgo foi demitido após a derrota para o Avaí, segunda do clube em três rodadas do Brasileirão enquanto ele ainda era técnico. Vanderlei ainda tinha perdido para o Vasco na semifinal do Campeonato Carioca, o que foi uma grande surpresa pelo Flamengo possuir um elenco bem mais caro do que o do Gigante da Colina. (3º Rodada)
Marcelo Oliveira, apesar de ser bi-campeão Brasileiro com o Cruzeiro, não teve o respeito necessário da diretoria ao ser demitido após mau início no Brasileirão. Marcelo teve boa parte do elenco campeão desmontado com as vendas dos jogadores mais importantes, como Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Lucas Silva, o que fez ele começar o trabalho praticamente do zero. Horas após demitir Marcelo, a diretoria já anunciava a chegada de Luxemburgo, o que foi tratado por muitos como uma enorme falta de respeito com o ex-comandante. (4º Rodada)
Hemerson Maria comandou o Joinville na ótima campanha realizada pelo clube no campeonato estadual, mas após começo difícil no Brasileirão, conquistando apenas um ponto de doze disputados, a diretoria achou melhor demitir o treinador. (5º Rodada) 
Marquinhos Santos chegou ao Coritiba no ano passado para livrar a equipe da zona da degola, feito alcançado. Este ano levou a equipe à final do Campeonato Paranaense, mas acabou perdendo para o Operário. Com apenas uma vitória em seis jogos no Campeonato Brasileiro e a incômoda presença na zona de rebaixamento, Marquinhos foi demitido e horas depois Ney Franco foi anunciado como novo treinador da equipe. (6º Rodada)
Oswaldo de Oliveira chegou ao Palmeiras no início do ano e levou o Verdão, com um elenco totalmente reformulado, à final do Campeonato Paulista, sendo derrotado no pênaltis para o Santos. Após mau início no Brasileirão, com apenas uma vitória, três empates e duas derrotas, estas sofridas para o Goiás em casa diante de um estádio lotado e para o Figueirense fora de casa, o técnico não resistiu a enorme pressão da torcida e de pessoas do clube, e foi demitido. (6º Rodada)
A maior deficiência dos dirigentes brasileiros é o imediatismo, ou seja, jogam fora todo o planejamento que vem sendo construído durante o ano por resultados ruins ou por sofrerem fortes pressões para demitir o profissional, muitas vezes extremamente qualificado para tal cargo, e com isso começam um novo planejamento do zero. Muitos treinadores precisam de tempo para demonstrarem o resultado esperado pelos dirigente e pela torcida, o que muitas vezes não é possível por esse tempo ser muito longo, ou seja, o que importa hoje em dia é o resultado e não o projeto em si.

Nenhum comentário:

Postar um comentário